Relato do dia 21/12/2017 – Lago Guillielme a Foyel

21-12

Relato do dia 21/12/2017 – Lago Guillielme a Foyel

Demoramos novamente para sair do camping, enrrolamos para acordar, até porque demoramos para dormir a noite anterior em virtude do frio. Além de sentir o rosto gelado, algumas vezes eu acordei por causa do terreno, pois como o terreno não era plano, algumas vezes meu corpo ficava em um buraco e inclinado e isso me fez acordar várias vezes durante a madrugada. No período da manhã depois de tudo arrumado saímos por volta do meio dia, iniciamos com uma subida de 4km de ripio, depois retornamos para o asfalto na ruta 40. na verdade a estrada é de asfalto mas o acostamento é de ripio, mas como passava poucos carros, conseguimos pedalar tranquilos pela estrada e somente saiamos para o acostamento quando vinha algum caminhão. O vento estava a favor o que nos ajudou bastante nas subidas, depois de alguns quilometros de subidas chegou o que mais queriamos os 16 km de descida, porém não contavámos que nosso sonho se tornaria um grande pesadelo, pois já estava muito frio, mas enquanto estavamos subindo nossos corpos se mantinham quente, porém na descida o corpo esfriava e para piorar o vento gelado, seria quase congelante e eu estava com uma blusa de manga comprida que sempre uso para pedalar, um corta vento e uma capa de chuva para isolar um pouco mais o vento, porém o frio foi tanto e inesperado, pois tinhamos os equipamentos de frio, porém não pensamos que na descida sentiriamos esse frio. A cada quilometro os dedos iam esfriando, chegando a doer de tanto frio que sentiamos. Chegavamos a parar no acostamento por alguns minutos para aquecer as mão, que estavam somente com as luvas de bike, pois as luva de frio estavam dentro do alforges traseiros, e para pega-la teriamos que desmontar quase toda a bike. Então continuamos descendo sem as luvas, os dentes chegaram a ranger de frio assim como o corpo a tremer em busca de calor, e o pedido era único, um pouco de sol para esquentar nosso corpo. Nunca desejei tanto que uma descida acabasse. Ela enfim terminou e iniciou uma subida de 10km que logo aqueceu novamente nosso corpo. O corpo por fim já estava cansado do esforço físico da subida e do esforço para se manter quente. Então quando chegamos em Foyel decidimos procurar um lugar para acampar. Nesse período, logo quando chegamos em Foyel enconramos um casal de frances já com um pouco mais de idade e cabelos brancos que viajavam em bicicletas reclináveis, paramos para conversas e ai descobrimos que aquele casal de senhores franceses, com cabelos brancos, magrinhos tinham feito 80km até aquele local e ainda iam seguir adiante com uma disposição incrível. E eu que tinha feito 50km estava acabada. E ai me recordo de outras viagens que fizemos antes dessa, quando percorremos a europa central de bike, e viamos diversos casais de mais idade pedalando com uma disposição incrivel, e penso que os hábitos de vida mais ativo e saudável dos europeus tenha sido o grande responsavel por essa disposição mesmo com o passar dos anos. E fiquei encantada com a força e determinação desse casal que seguiu viagem mesmo sabendo que teriam uma enorme subida pela frente. Mas nós como já estavamos cansados e eu no meu limite decidimos parar por ali. Achamos um camping chamado El Viejo Armacen , paramos para averiguar , pois além de todo cansaço tinha começado a chover. Então uma mulher nos atendeu e nos disse que o camping estava fechado, porém ela nos deixou passar uma noite lá sem precisar pagar nada. Então jantamos, tomamos banho com nossos equipamentos de camping e fomos dormir mais uma vez encapotados com luvas, gorros e meias pois vinha mais uma noite de muito frio.

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